

Arte em movimento na Estrada de Ferro Carajás
Contexto

O MAPA – Mostra de Imagem em Movimento nasceu como um projeto de curadoria de arte para celebrar os 40 anos da Estrada de Ferro Carajás, que conecta Parauapebas (PA) a São Luís (MA). Fui convidado pelo curador João Pacca para assumir a coordenação de comunicação depois que o projeto venceu o edital da Vale, sendo escolhido entre inúmeras propostas. O desafio era grande: encontrar artistas de videoarte que vivem no eixo da ferrovia e reunir suas memórias em obras que seriam projetadas em fachadas históricas de Belém, São Luís e até em Brasília. Minha missão foi estruturar toda a identidade e a estratégia de comunicação para esse projeto, que ao mesmo tempo carrega a força simbólica da ferrovia e a sensibilidade das histórias das pessoas da região.
Solução
A primeira decisão foi criar um logotipo que traduzisse a essência do MAPA. Optei por uma estrutura tridimensional, em que luz e sombra criam faces geométricas capazes de remeter a um mapa aberto, a uma fachada arquitetônica e ao mesmo tempo a uma tela de videomapping. Sobre cada face dessa estrutura é possível projetar as letras M-A-P-A, formando uma composição visual que comunica de imediato a proposta do projeto. Essa tridimensionalidade, que ganha profundidade mesmo em superfícies bidimensionais, já simboliza o que a videoarte faz: transformar o comum em experiência. Paralelamente, montei o site oficial do projeto, um espaço digital que precisava dialogar com a população de forma moderna, exibindo imagens em movimento e transmitindo a energia da estrada de ferro como ícone nacional. A estratégia foi unir linguagem contemporânea, cores vibrantes e elementos culturais do Norte e Nordeste, sempre com respeito e valorização da identidade local.



O logo do MAPA é mais do que uma marca: é uma metáfora visual do próprio projeto. Uma estrutura tridimensional que, através de luz e sombra, pode ser lida como mapa, fachada ou papel aberto. Nas suas faces, as letras da palavra MAPA se projetam, ganhando profundidade e movimento, como se já estivessem vivas dentro de uma obra de videoarte. É um símbolo que comunica modernidade e ao mesmo tempo dialoga com a essência do videomapping, tornando-se peça central da identidade.
EFEITO
Desde o início, o maior desafio foi quebrar estereótipos. Eu não queria representar o Norte e o Nordeste a partir de imagens de pobreza ou escassez. Pelo contrário: a proposta foi mostrar a riqueza cultural, a modernidade e a potência que existem nessas regiões. Para isso, recorri a cores vibrantes, à luz neon das projeções noturnas e a uma fotografia que valorizasse a intensidade das tradições locais. O resultado foi uma linguagem que une contemporaneidade da videoarte e a força viva da cultura popular. O projeto ganhou apoio institucional da Vale e da ANTT e segue em andamento até 2026, levando memória, identidade e tecnologia para milhares de pessoas ao longo da ferrovia.

2025

SETOR DE ATUAÇÃO
Mostra de Artes
DURAÇÃO DO PROJETO
3 meses
ANO
2025




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